Nego-te
A partir de agora
Meu doce, meu canto,
Meus olhos de outrora,
As palavras (um tanto!)
Meus sonhos lúdicos
Meus devaneios
Meu toque, meus rodeios,
Meus pedidos púdicos
Minha ilusão declarada.
Nego-te
Minha essência
Minha transparência
Sem elas sou opaco
Sem elas sou mudo
Sou silêncio
Nego-te
E insisto
Não confesso
Minhas falas, minhas cartas,
Pra longe arremesso
E desisto
Nego-te
A noite não dormida
A fala não concluída
A espera dolorida
De me ver denunciando-me
De me ver lembrando-te
De dizer seu nome em música
Nego
Se concluí ser capaz
Se intuí o além mais
Se abracei o fugaz
Nego
E por isso escrevo mentiras
Se não neguei-te em palavras
Como consiguirei
Em fatos?
Ítalo 15/12/10
Voltando a ser piegas, hein?
ResponderExcluirFicou bom! Faz bem seu estilo (entenda como um elogio, não como mais uma de minhas ironias frequentes, ok?).
Pois é...
ResponderExcluirEscapuliu! rsrs
Obrigado!
esta é uma negação feita na positiva, pois é grande a vontade de querer
ResponderExcluirum beijo
Boas Festas