Nego-te
A partir de agora
Meu doce, meu canto,
Meus olhos de outrora,
As palavras (um tanto!)
Meus sonhos lúdicos
Meus devaneios
Meu toque, meus rodeios,
Meus pedidos púdicos
Minha ilusão declarada.
Nego-te
Minha essência
Minha transparência
Sem elas sou opaco
Sem elas sou mudo
Sou silêncio
Nego-te
E insisto
Não confesso
Minhas falas, minhas cartas,
Pra longe arremesso
E desisto
Nego-te
A noite não dormida
A fala não concluída
A espera dolorida
De me ver denunciando-me
De me ver lembrando-te
De dizer seu nome em música
Nego
Se concluí ser capaz
Se intuí o além mais
Se abracei o fugaz
Nego
E por isso escrevo mentiras
Se não neguei-te em palavras
Como consiguirei
Em fatos?
Ítalo 15/12/10
"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
Meus versos
Já caminham distantes
Desprovidos de qualquer intuito
Certos de que são errantes
Eternizam um sentimento fortuito
São os versos dos quais não falei...
Salientes por entre as luzes
Dos meus olhos silenciosos
São tantos e pretenciosos
De que não se deixarão perceber
E por isso não me deixarão esquecer
São os versos que adio escrever...
E como são reticentes
Floreiam o que hesitam dizer
Caminham entre o medo e a decisão
Têm seus própios sonhos e fantasias dementes
São os versos sobre quais só pensei...
Não perfumam
E por isso não pude cultivá-los em jardim
Não se presenteam
Pois não se calam e só falam de mim
Ah! Mas se alguém os quisesse!
Estariam bem longe
A embalar os sonhos de alguém
A provocar sorrisos admirados e lisonjeados
E não mais me atormentariam!
Mas são só versos,
Talvez a vida que me roubam
Não lhes transferem valor
Só versos,
Talvez não mais que rabiscos em papel perecível
Não mais que sussuros em voz inaudível
São os versos com os quais andei sonhando...
No sonho se trasformavam em brisa a beijar-te
Em luz a invadir teus olhos
Em ciência a definir-te
E embora não visse tua face
Ouvia-te pedindo versos...
Meus versos.
Ítalo 04/12/10
Desprovidos de qualquer intuito
Certos de que são errantes
Eternizam um sentimento fortuito
São os versos dos quais não falei...
Salientes por entre as luzes
Dos meus olhos silenciosos
São tantos e pretenciosos
De que não se deixarão perceber
E por isso não me deixarão esquecer
São os versos que adio escrever...
E como são reticentes
Floreiam o que hesitam dizer
Caminham entre o medo e a decisão
Têm seus própios sonhos e fantasias dementes
São os versos sobre quais só pensei...
Não perfumam
E por isso não pude cultivá-los em jardim
Não se presenteam
Pois não se calam e só falam de mim
Ah! Mas se alguém os quisesse!
Estariam bem longe
A embalar os sonhos de alguém
A provocar sorrisos admirados e lisonjeados
E não mais me atormentariam!
Mas são só versos,
Talvez a vida que me roubam
Não lhes transferem valor
Só versos,
Talvez não mais que rabiscos em papel perecível
Não mais que sussuros em voz inaudível
São os versos com os quais andei sonhando...
No sonho se trasformavam em brisa a beijar-te
Em luz a invadir teus olhos
Em ciência a definir-te
E embora não visse tua face
Ouvia-te pedindo versos...
Meus versos.
Ítalo 04/12/10
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