Com palavras soltas
Não se faz poesia
Saiba que palavras soltas
Anseiam chegar em algum lugar
Viajam contra o tempo
E antes que acabe
Elas chegam
Atravessam invisíveis o ar
Pra que os olhos arrependidos
Nas as vejam
As vezes morrem
Na vontade dos que ouvem
As vezes são tudo
No desejo de quem ainda
Nem ouviu
Melhor seria, então, o silêncio?
Meu caro,
Veja!
Com palavras soltas
Não se faz poesia.
Ítalo 25/09/10
"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)
sábado, 25 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Para uma amiga;
Dois olhos inquietos
De tão cheios de vida,
Nem mesmo a presença mas fugaz
Que nunca deixa de ser divertida.
O meu discurso existencial
Que ainda é capaz de escutar,
E a minha canção infinita
De um verso só
Que tenta inutilmente me calar.
Vários filmes
vários livros
Histórias de infância
Um café
Todo dia
Grande importância.
Imagino o pôr do sol
Que deseja
Um todo de poesia
E só dela seja
Da cor dos sonhos mais distantes
Que não lembra no fim do dia
E eu te daria se pudesse...
Os amores passados
A despencar desilusão
Dos desejos cansados
A machucar seu coração
Eu te livraria se pudesse...
Me avise quando chegar
É desejo da noite
Roubar esse gesto doce
Colocá-lo no sono amargo do mundo
Então não deixe de avisar
Sei que passou por várias estradas
Trouxe na carroceria
Um monte de histórias
Mil memórias
Que é mais do que preciso musicar
Eu que não vi donde vem
E não sei pra onde vai
Só enchergo o caminho brilhante em que passará
Eu que conheço tão pouco
Mas recebo tão muito
Com a amizade que estou a ganhar.
Ítalo 16/09/10
De tão cheios de vida,
Nem mesmo a presença mas fugaz
Que nunca deixa de ser divertida.
O meu discurso existencial
Que ainda é capaz de escutar,
E a minha canção infinita
De um verso só
Que tenta inutilmente me calar.
Vários filmes
vários livros
Histórias de infância
Um café
Todo dia
Grande importância.
Imagino o pôr do sol
Que deseja
Um todo de poesia
E só dela seja
Da cor dos sonhos mais distantes
Que não lembra no fim do dia
E eu te daria se pudesse...
Os amores passados
A despencar desilusão
Dos desejos cansados
A machucar seu coração
Eu te livraria se pudesse...
Me avise quando chegar
É desejo da noite
Roubar esse gesto doce
Colocá-lo no sono amargo do mundo
Então não deixe de avisar
Sei que passou por várias estradas
Trouxe na carroceria
Um monte de histórias
Mil memórias
Que é mais do que preciso musicar
Eu que não vi donde vem
E não sei pra onde vai
Só enchergo o caminho brilhante em que passará
Eu que conheço tão pouco
Mas recebo tão muito
Com a amizade que estou a ganhar.
Ítalo 16/09/10
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O Preto
O preto do café
Do piano
Do sustenido
Do bemol
O preto dos óculos de sol
Do sono sem sonhos
Do medo de lá dentro do paiol
O preto que samba
Ou que é blues
O preto nos cabelos de alguém
Nos olhos do meu bem
O preto
Dos versos no papel
Da noite sem lua
O preto do vazio
Ou o vazio do preto?
O poeta
Branco mais preto do Brasil
A música
Que sai do preto do vinil
O preto que é triste
Ainda assim
Só porque não sabe
Que tem todas as cores dentro de si.
Ítalo 01/09/10
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