"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)

domingo, 14 de novembro de 2010

Imaginando

Quando o céu estiver cinzento
E não houver versos pra nenhuma poesia,
E não houver acordes pra nenhuma melodia,
E não houver realidade que baste pra tanto querer

Então irei entregar-me
A minha imaginação
Fatasias que de tão ingênuas
São doces
Devaneios que de tão loucos
São lindos
Quando os medos são poucos
E eu me vejo em um caminho...indo!

Irei entregar-me a imaginação
E ver-me na terra distante
Dos meus pensamentos mais contemplativos
Capturando a essência
Dos silêncios mais furtivos
De um olhar que encanta
De um sorriso que inspira
De uma palavra quase não dita...

Irei imaginar-me
Saltando de estrela em estrela
Até o fim dos céus
Trazendo de lá um milagre
Que torne real os anseios
De quem se atreve a sonhar.

Ítalo 14/11/10

4 comentários:

  1. Lembrei daquela música:
    "É só imaginar um mundo melhor
    E a história eu já sei de cor
    Esperar, conseguir um final feliz
    É só imaginar..."

    Eu me atrevo!

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  2. "Irei entregar-me a imaginação
    E ver-me na terra "
    não há melhor lugar para se estar

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  3. "de quem se atreve a sonhar"
    O que seria de nos se não houvesse o sonho!
    Que possamos continuar atrevidos.

    Bjs

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  4. Ítalo

    E quanto há de belo num devaneio. E quantas verdades eles nos revelam? Não será a poesia o maior dos devaneios?
    Parabéns e obrigado...

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