"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não pode ser real

São duas linhas paralelas
Gosto de imaginar que elas se tocam
No infinito…
Lá elas são livres e dançam
Algo inimaginável, absolutamente
Sem sentido...

É como apreciar o outro canto do universo
Suas mudas explosões de cores diversas
Imagino os deuses em cores e verso
Em um carnaval que pelas ruas se dispersa

E de repente imagino que o poeta sou eu
Ou que a orquestra toca pra mim
Que o jardim mais bonito é o meu
Que não existe e nem existirá fim

Penso e como não pensaria,
Pularia da primavera ao outono
Viveria esse sonho, como em poesia
Voltaria, num comum acordo, sem abandono

Eu iria tão alto, ao topo do mundo
Veria o céu, mas voltaria pra terra
Seria intenso, profundo,
Mas como tudo que hora se encerra

Imagino como seria se um só sorriso
Refletisse toda a sorte de pensamentos

Não
E é tão óbvio que não pode ser real
Mas eu não deixo de imaginar
Como seria lindo

Ítalo

08/11/13

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