"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A história dele

Ele não entendeu como alguém podia
Estar tão a vontade com mundo ao seu redor
Nem conseguiu enxergar falsa alegria
O que via parecia verdadeiro
Ou melhor


Ele não percebeu se sabia
Do erro, do medo, uma velha história
Nem imaginou aonde seu pensamento iria
Nem na palavra, nem na rima
Perdeu a memória


Teve uma sensação que algo trazia
Pra dentro noite um resto de sol
Algo brilhava e reluzia
Não quis o amanhecer com seus amanhãs
Não mais só


Ele pensou perder o que lhe valia
Mas o verso não deixa só ser
É tudo e é sem serventia
E embora ele não soubesse o fim
Não quis saber


Muitos perguntaram
Quem é ele?
A dor latejava e seus olhos abaixavam
Pensaram ouvir bem baixinho
Meu nome é 
Ninguém


Ítalo 24/02/11

Um comentário:

  1. lembrou-me uma trecho de um texto meu:

    "(...) gosta do dia, praia, sol e nuvens brancas em céu azul. mas às vezes só amanhece nela quando a noite cai."


    gde bj.

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