"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011



Teu poema
Esse provacar constante
Esse sorriso a cegar meu juízo
Essa sensação alastrante
A me provocar e a me possuir

Teu poema
Risada a ecoar no meu
Estado mais só
A mastigar meu carinho
Faz dele pó

Se eu soubesse que eras
Um todo poesia
Da cabeça aos pés
Te roubava em verso e melodia
Te escrevia sempre em meu dias

Teu poema
Lágrima que não vejo
Que entornas por não me querer
E neste ensejo
Me nega sem se deixar entender

Teu poema
Esse misto de falas e silêncio
Numa métrica que só faz confundir
E os meus olhos, atordoados,
Se encantam e só querem sorrir

Se eu soubesse que eras
Um todo poesia
Dos lábios aos olhos
Ao mundo real me prendia
Te resgatava de dentro do sonho que és

Teu poema
Abafou todo o resto
Que eu quis escutar
Mudou todo o caminho
Que eu quis trilhar

Teu poema
Não ligou para os desejos meus
Agora só teima e só
Diz Adeus

Ítalo 03/02/11

Um comentário:

  1. Que poema é este que nos faz embarcar na solidão dos versos tão bem grafados.
    parabens

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