"Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho"
(Alberto Caeiro)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ao som de um blues

Vamos entrar noite adentro
Através desse blues
Olhar pra esse céu
Nos perder nos seus azuis

Eu te juro, é por uma noite só.

Cantaremos embriagados por
Qualquer nostalgia
Quer seja nossa ou não
Nos renderá fiascos de poesia

Por uma noite só, nada mais.

Ao som de mais um solo
Faremos caretas de satisfação
Veremos que nunca é tarde
Pra mais uma canção

Só te peço uma noite,
Quantas mais você não terá?

Não serão roucas as vozes
A declarar seu amor
E haverá um swing quase incoerente
Ao ser contada toda dor.

Não.
Não se pode dispensar esse som!

Quando dormirmos
Sonharemos com qualquer melodia
Que ficou no vazio de um sorriso
Carregado de uma passageira e súbita alegria.

Uma noite pra eu colorir você
Com todo o blues
Sonho que assim você me
Carregará no seu pensamento
Por todas as outras noites seguintes.

Ítalo 10/02/2010

Um comentário:

  1. cara, como posso eu em toda a minha ignorância dizer algo em relação a este poema, quando o mesmo em si representa a própia poesia, nunca tão bem expressada como em seus versos..

    sou seu fãn vei!!
    continue sempre ai!

    flw

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